São Paulo completou 457 anos no último dia 25. A maior metrópole da América do Sul fez uma bonita festa para comemorar mais este aniversário. O tempo esteve um esplendor, o que alegrou o feriado daqueles que constroem a pauliceia desvairada - e que mereciam um descanso. Inúmeros atrativos celebraram a data: shows, exposições, visitas a parques ou museus, reabertura da biblioteca Mario de Andrade, atividades esportivas, entre muitos outros eventos. Mas uma atração, em especial, chamou a atenção.
Começou bem cedo - por volta das 10 horas. Tinha um sol para cada indivíduo. Mas não importava, pois naquele momento estava presente a personificação do é que São Paulo: tratava-se da decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, entre Bahia e Flamengo. Tudo porque envolvia duas equipes de outras cidades do Brasil, mas que conseguiram levar uma torcida de, aproximadamente, 20 mil pessoas ao estádio Dr. Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu, deixando-o lindo.
Como a final era no período matutino, a movimentação em torno do estádio era grande já por volta das 9 horas. Um mar de pessoas andando de um lado para outro, buscando o portão de entrada de suas torcidas, tudo para apreciar o duelo. Flamengo e Bahia têm torcedores fantásticos e fanáticos. Não era dúvida que eles comparecessem para prestigiar suas agremiações. Mas o grande detalhe está na diversificação das pessoas. Naquele instante todo o Brasil estava inserido na multidão vestida de rubro-negro e/ou com as três cores do time baiano. Pessoas que personificam a forma como a cidade foi construída. Boa parte são pessoas que saíram de suas cidades para "fazer São Paulo".
A eleição presidencial de 2010 ressuscitou um sentimento ridículo de rivalidade que só existe na cabeça de pessoas estúpidas que acreditam que São Paulo é maior que os demais Estados da Federação. À época, pessoas não se conformavam com a iminente vitória do governo atual, o que, na cabeça pequena de muitas pessoas, traduzia-se em mais benefícios ao povo nordestino. Um ciúme de criança. Houve uma menina de São Paulo que sugeriu para que todos os nordestinos fossem afogados, provando o preconceito existente no âmago de pessoas sem informação, mas que adora dar sua opinião sem embasamento algum. Passadas as eleições, e passados dois meses do bombardeio insensato de exortações contra o povo do norte e nordeste, tudo parece ter sido esquecido. Ninguém mais fala de ‘fora, Dilma’ ou ‘afoguem os nordestinos'.
O que esse tipo de pessoa ainda não se deu conta é que a capital paulista não pertence só a ele – intitulam-se, simplesmente, como ‘paulistanos de direito’. A capital pertence a todos. Em cada construção, há a participação de pessoas que vieram de outras cidades; na parte cultural, gente de fora traz emoção e espetáculo para o deleite do ‘paulistano da gema’; na culinária, nos negócios, nos esportes, etc. Enfim, São Paulo é do mundo.
A final que reuniu Flamengo e Bahia foi perfeita para mostrar a algumas pessoas a força que vem de outros estados. O show das torcidas foi impressionante. O Pacaembu não ficou completamente lotado. Mas reunir um número expressivo de pessoas em um dia de folga, com um sol escaldante logo pela manhã - e ainda por cima para assistir a uma partida entre jogadores abaixo dos 20 anos -, prova que São Paulo, sozinha, não consegue se movimentar. Ela precisa das pessoas que aqui fazem a grande locomotiva do Brasil andar. Fiz questão de me sentar junto à torcida do tricolor de aço. O Flamengo derrotou o Bahia por 2 a 1 e faturou o caneco. Mas isso não importa. O grande triunfo foi de uma lenda: a São Paulo de 457 anos, com suas pessoas de dentro, e com suas pessoas de fora.
Começou bem cedo - por volta das 10 horas. Tinha um sol para cada indivíduo. Mas não importava, pois naquele momento estava presente a personificação do é que São Paulo: tratava-se da decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, entre Bahia e Flamengo. Tudo porque envolvia duas equipes de outras cidades do Brasil, mas que conseguiram levar uma torcida de, aproximadamente, 20 mil pessoas ao estádio Dr. Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu, deixando-o lindo.
Como a final era no período matutino, a movimentação em torno do estádio era grande já por volta das 9 horas. Um mar de pessoas andando de um lado para outro, buscando o portão de entrada de suas torcidas, tudo para apreciar o duelo. Flamengo e Bahia têm torcedores fantásticos e fanáticos. Não era dúvida que eles comparecessem para prestigiar suas agremiações. Mas o grande detalhe está na diversificação das pessoas. Naquele instante todo o Brasil estava inserido na multidão vestida de rubro-negro e/ou com as três cores do time baiano. Pessoas que personificam a forma como a cidade foi construída. Boa parte são pessoas que saíram de suas cidades para "fazer São Paulo".
A eleição presidencial de 2010 ressuscitou um sentimento ridículo de rivalidade que só existe na cabeça de pessoas estúpidas que acreditam que São Paulo é maior que os demais Estados da Federação. À época, pessoas não se conformavam com a iminente vitória do governo atual, o que, na cabeça pequena de muitas pessoas, traduzia-se em mais benefícios ao povo nordestino. Um ciúme de criança. Houve uma menina de São Paulo que sugeriu para que todos os nordestinos fossem afogados, provando o preconceito existente no âmago de pessoas sem informação, mas que adora dar sua opinião sem embasamento algum. Passadas as eleições, e passados dois meses do bombardeio insensato de exortações contra o povo do norte e nordeste, tudo parece ter sido esquecido. Ninguém mais fala de ‘fora, Dilma’ ou ‘afoguem os nordestinos'.
O que esse tipo de pessoa ainda não se deu conta é que a capital paulista não pertence só a ele – intitulam-se, simplesmente, como ‘paulistanos de direito’. A capital pertence a todos. Em cada construção, há a participação de pessoas que vieram de outras cidades; na parte cultural, gente de fora traz emoção e espetáculo para o deleite do ‘paulistano da gema’; na culinária, nos negócios, nos esportes, etc. Enfim, São Paulo é do mundo.
A final que reuniu Flamengo e Bahia foi perfeita para mostrar a algumas pessoas a força que vem de outros estados. O show das torcidas foi impressionante. O Pacaembu não ficou completamente lotado. Mas reunir um número expressivo de pessoas em um dia de folga, com um sol escaldante logo pela manhã - e ainda por cima para assistir a uma partida entre jogadores abaixo dos 20 anos -, prova que São Paulo, sozinha, não consegue se movimentar. Ela precisa das pessoas que aqui fazem a grande locomotiva do Brasil andar. Fiz questão de me sentar junto à torcida do tricolor de aço. O Flamengo derrotou o Bahia por 2 a 1 e faturou o caneco. Mas isso não importa. O grande triunfo foi de uma lenda: a São Paulo de 457 anos, com suas pessoas de dentro, e com suas pessoas de fora.