"Uma Itália (e 7 mulheres) para Day-Lewis"
Existe um estilo de filmes que jamais acabará: os musicais. Desde "O Mágico de Oz", passando por "Cantando na Chuva" e "Sinfonia de Paris" nos anos 1950, escorando-se em "Grease-Nos Tempos da Brilhantina", e renascendo no início dos anos 2000 com "Moulin Rouge-Amor em Vermelho", os números musicais, entre um diálogo e outro, dão um sabor especial aos filmes, mostrando canções com belíssimas letras -sempre de acordo com o contexto apresentado- e coreografias exuberantes, tudo para o deleite do espectador, comprovando que o gênero estará nas nossas vidas por muito tempo.
E é neste embalo que chega "Nine", do especialista no assunto, Rob Marshall, filme baseado em um espetáculo da Broadway dos anos 1980. Esta peça, por sua vez, é inspirada em um filme, de um dos mestres do cinema, Federico Fellini, chamado "Fellini 8 e meio". O longa-metragem de Fellini, datado de 1963, trata de uma biografia extra-oficial do próprio diretor italiano, no qual ele repassa toda a sua vida à tela, mostrando os altos e baixos de sua brilhante carreira. Na trama de Marshall, o diretor leva o nome de Guido Contini.
"Nine" é inteiro rodado na Itália. Um presente para os olhares da plateia, possuindo uma fotografia perfeita para os principais pontos turísticos de algumas das cidades citadas no filme. Com certeza, provocará sensações positivas a quem a assiste, podendo, inclusive, suscitar a vontade de ou conhecer o país, para quem ainda não o fez, ou visitá-lo novamente, para aquele que já teve esse prazer.
Rob Marshall é o responsável por "Chicago", filme vencedor do Oscar de melhor filme em 2002. Podemos deduzir, então, que "Nine" é de uma qualidade de direção ímpar, tendo um cuidado especial com cada detalhe, uma vez que os musicais devem sempre ter uma atenção a mais, como com os figurinos e também com o elenco, pois não são muitos os atores que são capazes de serem "três em um": atuando, cantando, e dançando.
E o diretor acertou em cheio na escolha das atrizes: Marion Cottilard faz a esposa de Guido Contini; Penélope Cruz, a amante; Nicole Kidman é a estrela dos filmes do diretor Contini; Judi Dench é a figurinista e conselheira; Fergie, vocalista da banda
Black Eyed Peas, é a musa que inicia a vida sexual do diretor; Kate Hudson faz uma jornalista da revista Vogue que é fã dos filmes do cineasta; e a fantástica Sophia Loren é a mãe de Guido Contini. Todas, sem exceção, dão shows à parte na trama com suas atuações, cada uma com a sua particularidade e charme em cena, fazendo-se presentes na vida do personagem principal do filme.
Para encarar o alterego de Fellini, Guido Contini, e ainda acompanhar o ritmo alucinante das sete mulheres do filme, só um ator, atualmente, seria capaz de tal realização: Daniel Day-Lewis. Vencedor dos Oscars de melhor ator por "Meu Pé Esquerdo" e por "Sangue Negro", este britânico de nascimento mudou o sotaque e vive, na trama, o diretor de cinema italiano bem-sucedido que, acometido por um stress emocional, vê toda a sua vida ( e mulheres) passar por ele, tudo misturado a números musicais. É impressionante a forma como Day-Lewis se entrega ao personagem, parecendo ser uma outra pessoa literalmente, tamanha é a sua competência e genialidade no momento de atuar. Com seus trejeitos, a captação do sotaque italiano, suas feições, e sua performance como cantor e dançarino, Day-Lewis consegue, acreditem ou não, roubar a cena muitas vezes diante de tantas estrelas que o elenco possui.
Você pode não ser fã dos musicais, como eu não sou, mas deixar de assistir "Nine" pode vir a ser um grande erro. Não só pelo elenco fabuloso, mas também pela história que o filme tem. Uma lição de vida única, de como o sucesso e a fama podem deixar uma pessoa vazia e sem rumo. E que basta um olhar ao passado para darmos o devido valor ao que há de mais precioso nesta vida para o ser humano: a família. Como diz em um momento do filme, o bom é ser italiano. Bom mesmo é vermos lindas (e competentes) mulheres no filme, uma bela Itália, e um excepcional Daniel Day-Lewis.
Existe um estilo de filmes que jamais acabará: os musicais. Desde "O Mágico de Oz", passando por "Cantando na Chuva" e "Sinfonia de Paris" nos anos 1950, escorando-se em "Grease-Nos Tempos da Brilhantina", e renascendo no início dos anos 2000 com "Moulin Rouge-Amor em Vermelho", os números musicais, entre um diálogo e outro, dão um sabor especial aos filmes, mostrando canções com belíssimas letras -sempre de acordo com o contexto apresentado- e coreografias exuberantes, tudo para o deleite do espectador, comprovando que o gênero estará nas nossas vidas por muito tempo.
E é neste embalo que chega "Nine", do especialista no assunto, Rob Marshall, filme baseado em um espetáculo da Broadway dos anos 1980. Esta peça, por sua vez, é inspirada em um filme, de um dos mestres do cinema, Federico Fellini, chamado "Fellini 8 e meio". O longa-metragem de Fellini, datado de 1963, trata de uma biografia extra-oficial do próprio diretor italiano, no qual ele repassa toda a sua vida à tela, mostrando os altos e baixos de sua brilhante carreira. Na trama de Marshall, o diretor leva o nome de Guido Contini.
"Nine" é inteiro rodado na Itália. Um presente para os olhares da plateia, possuindo uma fotografia perfeita para os principais pontos turísticos de algumas das cidades citadas no filme. Com certeza, provocará sensações positivas a quem a assiste, podendo, inclusive, suscitar a vontade de ou conhecer o país, para quem ainda não o fez, ou visitá-lo novamente, para aquele que já teve esse prazer.
Rob Marshall é o responsável por "Chicago", filme vencedor do Oscar de melhor filme em 2002. Podemos deduzir, então, que "Nine" é de uma qualidade de direção ímpar, tendo um cuidado especial com cada detalhe, uma vez que os musicais devem sempre ter uma atenção a mais, como com os figurinos e também com o elenco, pois não são muitos os atores que são capazes de serem "três em um": atuando, cantando, e dançando.
E o diretor acertou em cheio na escolha das atrizes: Marion Cottilard faz a esposa de Guido Contini; Penélope Cruz, a amante; Nicole Kidman é a estrela dos filmes do diretor Contini; Judi Dench é a figurinista e conselheira; Fergie, vocalista da banda
Black Eyed Peas, é a musa que inicia a vida sexual do diretor; Kate Hudson faz uma jornalista da revista Vogue que é fã dos filmes do cineasta; e a fantástica Sophia Loren é a mãe de Guido Contini. Todas, sem exceção, dão shows à parte na trama com suas atuações, cada uma com a sua particularidade e charme em cena, fazendo-se presentes na vida do personagem principal do filme.
Para encarar o alterego de Fellini, Guido Contini, e ainda acompanhar o ritmo alucinante das sete mulheres do filme, só um ator, atualmente, seria capaz de tal realização: Daniel Day-Lewis. Vencedor dos Oscars de melhor ator por "Meu Pé Esquerdo" e por "Sangue Negro", este britânico de nascimento mudou o sotaque e vive, na trama, o diretor de cinema italiano bem-sucedido que, acometido por um stress emocional, vê toda a sua vida ( e mulheres) passar por ele, tudo misturado a números musicais. É impressionante a forma como Day-Lewis se entrega ao personagem, parecendo ser uma outra pessoa literalmente, tamanha é a sua competência e genialidade no momento de atuar. Com seus trejeitos, a captação do sotaque italiano, suas feições, e sua performance como cantor e dançarino, Day-Lewis consegue, acreditem ou não, roubar a cena muitas vezes diante de tantas estrelas que o elenco possui.
Você pode não ser fã dos musicais, como eu não sou, mas deixar de assistir "Nine" pode vir a ser um grande erro. Não só pelo elenco fabuloso, mas também pela história que o filme tem. Uma lição de vida única, de como o sucesso e a fama podem deixar uma pessoa vazia e sem rumo. E que basta um olhar ao passado para darmos o devido valor ao que há de mais precioso nesta vida para o ser humano: a família. Como diz em um momento do filme, o bom é ser italiano. Bom mesmo é vermos lindas (e competentes) mulheres no filme, uma bela Itália, e um excepcional Daniel Day-Lewis.
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