Esse final de semana contará com duas estreias presentes na 33ªMostra Internacional de Cinema em São Paulo.
Em Vício Frenético (Bad Lieutenant: Port of Call New Orleans) um detetive condecorado pelo menos duas vezes, mostra que não é necessário ser bom moço para ganhar honras. Basta acertar o momento de fazer a coisa certa. Enquanto isso, o anti-herói vivenciado por Nicolas Cage é um drogado, viciado em jogos, incerto da vida, de família turbulenta e que namora uma bela prostituta. Val Kilmer faz um ponta no filme, após tanto tempo longe, não é mais galã. E Nicolas Cage parece ter exagerado um pouco na tentativa de não envelhecer.
Tirando esses fatos, o andar incorreto do detetive, devido a uma dor na coluna, razão pela qual diz se drogar, pode ser engraçado. Assim como outros diálogos e cenas podem dar um toque de humor negro ao filme.
Não é plausível, e, talvez, metade das risadas dadas pelo público seja devido ao horário - a sessão começou as 00h. Mas, de fato, sabe aquele filme que de tão ruim se torna engraçado e lhe dá vontade de assistir até o final para ver o que farão com um policial tão ladrão. Assim é vício frenético, viciante mesmo sendo ruim.
Já o francês Não minha filha, você não irá dançar (Non ma fille, tu n'iras pas danser)parece querer manter a lenda: filme francês?! Pegue o travesseiro. Infelizmente, descobri que são poucos os bons filmes franceses explorados pelo cinema. Boa parte deles acabei assistindo em dvd.
O filme é lento, como se de fato alguém estivesse impedindo o ritmo da dança. Lena (Chiari Mastroianni) tenta dar uma guinada na vida após se separar. Para isso, vai para o interior na casa dos pais com seus filhos. Entretanto, nada parece cooperar com sua decisão. Momentos engraçados apenas quando o irmão de Lena surge na cena, inclusive, parece um tapa na cara para despertarmos, mas aí acaba.
A cena interessante fica por conta da história contada pelo filho de Lena. Que, de tão bem contata, parece ser o filme mesmo. Essa, dá o título do filme é como se fosse um curta-metragem dentro de Não minha filha, você não irá dançar. Fico a pensar se não valia a pena ter ficado só nele. Isto é, ter feito só o curta.
Por explorar intrigas familiares poderia ser mais movimentado e instigante, entretanto, infelizmente o filme não empolga. Não sairá pensando sobre o que foi apresentado mas, pode se perguntar a razão do curta-metragem no meio do caminho, assim como, o que queria com o filme e, correr para uma pizzaria a fim de comemorar por não ter dormido.
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