domingo, 31 de janeiro de 2010

Poltrona Vermelha # 06

"No ar, com muito amor"

A situação é inusitada e constrangedora: imagine-se trabalhando em uma empresa qualquer por longos 15 anos, e que, depois de tanto tempo de dedicação e esforço por essa companhia, chegue um desconhecido, em uma manhã qualquer da semana de trabalho, dizendo que você está dispensado daquela organização. Qual seria a sua reação ante notícia tão desanimadora, uma vez que o seu sustento(e, dependendo do caso, de sua família) está atrelado àquela empresa? Pois este é o pano de fundo da comédia "Amor sem Escalas", de Jason Reitman.

Quem está à frente da tarefa de demitir os funcionários das empresas, no filme, é o ator-galã George Clooney. Ele trabalha para uma organização terceirizada especialista em dispensar os serviços daqueles que não fazem mais parte dos planos de determinada diretoria. Por não querer envolvimento no momento exato do anúncio fatídico, esses patrões contratam o frio e cauculista personagem de Clooney para realizar tal ação. Surge, daí, o primeiro assunto interessante do longa: o fantasma do desemprego. Trabalhar em um lugar por mais de uma década, realizar suas vontades, como ter uma casa própria ou um carro só seu, tudo isso na dependência do salário recebido, e, de repente, ser dispensado, de uma hora para outra, é como acordar de um bom sonho à base de água fria. Pior é quando esse funcionário já passou dos 50 anos de idade. A depressão se aprofunda mais, pois vem o pensamento de que se está velho demais para ser admitido por outra empresa.

Mas se trata de uma comédia romântica o filme. Digamos que às avessas. Clooney é um solitário que vive viajando de avião, por diversas cidades dos Estados Unidos, a fim de cumprir as suas jornadas de trabalho. E ele gosta dessa vida de nômade dos ares, tanto que, entre um caso e outro com algumas mulheres, coleciona milhas de viagem pelas horas de voos já feitos. Este é o seu passatempo. Porém, em uma dessas viagens, acaba conhecendo uma mulher de personalidade forte e também inteligente, personagem da atriz Vera Farmiga("Os Infiltrados"), que acaba fazendo com que Clooney reveja alguns conceitos de vida. O interessante é acompanhar essa mulher, tão segura de si, personificar a independência conquistada durante os anos que sucederam a chamada Revolução Feminista. A mulher da atualidade está mais preocupada com a sua estabilidade profissional, e dependendo da situação, dos seus filhos, do que propriamente com qualquer caso amoroso que possa estar envolvida.

Outro assunto abordado no filme é o conflito de gerações. Quando uma novata, a atriz-revelação Anna Kendrick, é contratada pela empresa onde trabalha Clooney, mostrando toda sua energia e ideias, conflitos acerca do "antigo" e do "novo" passam a tomar conta da trama. De um lado, o conservadorismo e ceticismo em relacionamentos do personagem de Clooney; do outro, a juventude e o romantismo da personagem de Kendrick. O embate passa a ficar ótimo, cada lado com as suas convicções e manias. Nem sempre o pensamento conservador empregado poderá ser utilizado nos dias atuais; tampouco, nem tudo que é moderno é aplicável para os tempos de hoje, podendo gerar uma inversão de valores perigosos. Por exemplo: transmitir uma decisão, ou fazer um comunicado, por mensagem de texto no celular, é uma atitude digna com alguém tão próximo?

Jason Reitman, diretor de "Amor sem Escalas", é o mesmo de "Obrigado por Fumar" e do excelente e surpreendente "Juno". Ele é de uma sensilbilidade única ao abordar temas que estão presentes no dia a dia. O filme começa devagar, meio sem propósito, parecendo ser mais uma comédia romântica carregada de clichês. Sim, algumas coisas mostradas na trama são puras repetições de outros longas do gênero já feitos na história. Mas, após os 20 minutos iniciais, o filme mergulha em assuntos muito atuais, de natureza humana, envolvendo relações de idades, de romances, e de patrões com seus empregados. Possui o conservadorismo dos romances antigos, mesclando temas de comportamentos atuais, e ainda, suscita debates acerca de crises econômicas, como a que acometeu o mundo em 2008. Um excelente programa "Amor sem Escalas".

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Poltrona Vermelha # 05

"Uma Itália (e 7 mulheres) para Day-Lewis"

Existe um estilo de filmes que jamais acabará: os musicais. Desde "O Mágico de Oz", passando por "Cantando na Chuva" e "Sinfonia de Paris" nos anos 1950, escorando-se em "Grease-Nos Tempos da Brilhantina", e renascendo no início dos anos 2000 com "Moulin Rouge-Amor em Vermelho", os números musicais, entre um diálogo e outro, dão um sabor especial aos filmes, mostrando canções com belíssimas letras -sempre de acordo com o contexto apresentado- e coreografias exuberantes, tudo para o deleite do espectador, comprovando que o gênero estará nas nossas vidas por muito tempo.

E é neste embalo que chega "Nine", do especialista no assunto, Rob Marshall, filme baseado em um espetáculo da Broadway dos anos 1980. Esta peça, por sua vez, é inspirada em um filme, de um dos mestres do cinema, Federico Fellini, chamado "Fellini 8 e meio". O longa-metragem de Fellini, datado de 1963, trata de uma biografia extra-oficial do próprio diretor italiano, no qual ele repassa toda a sua vida à tela, mostrando os altos e baixos de sua brilhante carreira. Na trama de Marshall, o diretor leva o nome de Guido Contini.

"Nine" é inteiro rodado na Itália. Um presente para os olhares da plateia, possuindo uma fotografia perfeita para os principais pontos turísticos de algumas das cidades citadas no filme. Com certeza, provocará sensações positivas a quem a assiste, podendo, inclusive, suscitar a vontade de ou conhecer o país, para quem ainda não o fez, ou visitá-lo novamente, para aquele que já teve esse prazer.

Rob Marshall é o responsável por "Chicago", filme vencedor do Oscar de melhor filme em 2002. Podemos deduzir, então, que "Nine" é de uma qualidade de direção ímpar, tendo um cuidado especial com cada detalhe, uma vez que os musicais devem sempre ter uma atenção a mais, como com os figurinos e também com o elenco, pois não são muitos os atores que são capazes de serem "três em um": atuando, cantando, e dançando.

E o diretor acertou em cheio na escolha das atrizes: Marion Cottilard faz a esposa de Guido Contini; Penélope Cruz, a amante; Nicole Kidman é a estrela dos filmes do diretor Contini; Judi Dench é a figurinista e conselheira; Fergie, vocalista da banda
Black Eyed Peas, é a musa que inicia a vida sexual do diretor; Kate Hudson faz uma jornalista da revista Vogue que é fã dos filmes do cineasta; e a fantástica Sophia Loren é a mãe de Guido Contini. Todas, sem exceção, dão shows à parte na trama com suas atuações, cada uma com a sua particularidade e charme em cena, fazendo-se presentes na vida do personagem principal do filme.

Para encarar o alterego de Fellini, Guido Contini, e ainda acompanhar o ritmo alucinante das sete mulheres do filme, só um ator, atualmente, seria capaz de tal realização: Daniel Day-Lewis. Vencedor dos Oscars de melhor ator por "Meu Pé Esquerdo" e por "Sangue Negro", este britânico de nascimento mudou o sotaque e vive, na trama, o diretor de cinema italiano bem-sucedido que, acometido por um stress emocional, vê toda a sua vida ( e mulheres) passar por ele, tudo misturado a números musicais. É impressionante a forma como Day-Lewis se entrega ao personagem, parecendo ser uma outra pessoa literalmente, tamanha é a sua competência e genialidade no momento de atuar. Com seus trejeitos, a captação do sotaque italiano, suas feições, e sua performance como cantor e dançarino, Day-Lewis consegue, acreditem ou não, roubar a cena muitas vezes diante de tantas estrelas que o elenco possui.

Você pode não ser fã dos musicais, como eu não sou, mas deixar de assistir "Nine" pode vir a ser um grande erro. Não só pelo elenco fabuloso, mas também pela história que o filme tem. Uma lição de vida única, de como o sucesso e a fama podem deixar uma pessoa vazia e sem rumo. E que basta um olhar ao passado para darmos o devido valor ao que há de mais precioso nesta vida para o ser humano: a família. Como diz em um momento do filme, o bom é ser italiano. Bom mesmo é vermos lindas (e competentes) mulheres no filme, uma bela Itália, e um excepcional Daniel Day-Lewis.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A palavra-chave do ano

Começo de ano é tudo igual, contendo, sempre, discursos que venham a transmitir paz, harmonia, e esperança. São sentimentos que geramos, ou proferimos, a fim de buscarmos uma vida mais tranquila e com menos problemas, seja para o próprio benefício, ou para o bem de um próximo qualquer, mesmo sabendo-se que é praticamente impossível levar uma temporada inteira sem ter um mínimo de preocupação. E se formos reparar, existem pessoas (entre cidadãos-comuns, políticos, religiosos e astrólogos de plantão) que, com apenas uma palavra, nos aconselham como devem ser nossas condutas para aquele determinado ano. Já tivemos começo de temporada no qual a palavra-chave foi ou luta, ou fé, ou determinação, ou perseverança, entre outras. Lembro-me que a palavra a ser empregada (e a ser seguida) em 2009 foi foco, que é equivalente a ter atenção. Não sei qual é a deste ano, mas a julgar pela condução das ações no Haiti, qualquer pessoa que venha a falar que a palavra-chave de 2010 não é HIPOCRISIA é uma pessoa sonhadora, ou mentirosa.
O terremoto que atingiu, e arrasou, o país mais pobre das Américas pegou de surpresa o mundo inteiro. Ver as imagens de destruição, os milhares de corpos espalhados pelas ruas, principalmente na capital Porto Príncipe, o desespero dos sobreviventes, a luta das equipes de resgate, dentre muitas outras cenas, comoveu a maioria dos países, sejam desenvolvidos ou não. O esforço dos governos e de suas populações para conseguirem fundos de ajuda humanitária é algo comovente. Tudo é muito bonito, até chegarmos ao ponto nevrálgico da questão: é preciso uma tragédia de largas proporções para fazer com que as pessoas e as autoridades comecem a enxergar um país pobre? Abre-se os jornais impressos, liga-se a televisão nos noticiários, ouve-se no rádio, lê-se pela internet, diversas notícias ou de ciúme entre as nações, ou de demonstração de força de poder, seja para controlar a situação de momento, ou para ser líder de uma futura recuperação do Haiti. É país reclamando dos Estados Unidos por terem assumido o controle dos aeroportos e estarem complicando a distribuição de alimentos e remédios para os desabrigados do terremoto; é país reclamando das organizações que em nada vêm a acrescentar; é Hugo Chavez, caudilho venezuelano, mais uma vez alfinetando os americanos, dizendo que eles querem ter a soberania sobre a ilha da América do Norte. Um festival de hipocrisia.
A Organização das Nações Unidas (ONU), liderada por um sul-coreano que só recebe críticas por seu pouco engajamento com as situações humanitárias, não consegue se entender com as demais organizações envolvidas. A União Europeia (UE) só consegue bater cabeça com outros países. Já o Brasil foi acometido por uma ciumeira, tendo em vista que percebeu que seu trabalho de 5 anos no Haiti, desde a queda do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, havia sido atropelado por outras nações, em especial os Estados Unidos. Mas uma das atitudes mais irritantes, neste processo que já ocorre desde o dia 12/JAN/2010, data da tragédia, foi a notícia de que a França poderia perdoar a dívida que o governo haitiano tinha com eles. E que não era baixa. Daí o porquê acho que a palavra que guiará este ano é hipocrisia. Quer dizer, foi preciso que um país fosse devastado, e que morresse, no mínimo, 100.000 pessoas para que tivessem olhares para o Haiti? Promovendo ações humanitárias de ajuda ao país, e até fazerem menção de suspender a dívida externa dos haitianos? Ou seja, desse modo, aconselharei os países pobres e miseráveis que provoquem, de alguma forma, alguma catástrofe natural, para que comecem a se preocupar realmente com as necessidades principais desta determinada nação.
Claro que toda ajuda, mesmo que tardia, é bem-vinda. Mas o jogo político (e de interesses) que tomou conta do Haiti é algo nefasto. Talvez o único país que esteja indo bem na condução das ajudas seja mesmo o Brasil, uma vez que está presente na ilha desde 2004. Tudo bem que os brasileiros (não os que trabalhavam para a recuperação do país até o terremoto, que iam de militares a médicos, entre outros, pois estes são verdadeiros heróis, mas sim, os políticos) estão lá mais por pura politicagem, uma vez que sonham em conquistar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, do que pela questão humanitária.
Mas, mesmo assim, as autoridades não estão poupando esforços com ajuda àquela nação tão sofrida. O jeito é continuarmos o apoio ao Haiti, mesmo que esse socorro seja desordenado, pelo momento, e/ou político. É o mínimo que os países, desenvolvidos ou emergentes, envoltos à questão podem (e devem) fazer. Pedir menos, ou a erradicação, da hipocrisia é uma utopia. O importante é tentarmos ser o menos otário possível em 2010 no que diz respeito aos políticos. Lembrando sempre que este ano escolheremos o presidente da república pelos próximos quatro anos. E é importante, também, que a palavra-chave seja mesmo positiva, e que o nosso sub-consciente não seja nada hipócrito também.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Parabéns, Dona Paulicéia


Em 25 de Janeiro de 1554, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, Manuel da Nóbrega, José de Anchieta e mais 10 padres fundaram um colégio jesuíta construído de taipa de pilão, que catequisava os índios do Planato de Piratininga.

456 anos depois, cá estamos nós, hoje, na maior cidade do Brasil, das Américas e de todo o hemisfério sul do Planeta. A décima cidade mais rica do planeta, a mais rica do Brasil, que representa mais de 12% de todo o PIB do país. De um pequeno colégio jesuíta de 12 padres, evoluímos para 1.522,986 km², com 11.037.593 habitantes. Organizada por 31 subprefeituras em seus respectivos distritos. Eleita Capital da Gastronomia Mundial, com seus mais de 12 mil restaurantes, um pólo cultural com 160 teatros, 110 museus, 55 cinemas com 255 salas, 40 centros culturais, 7 casas de espetáculos, 6 estádios de futebol. Onde é realizado mais de 90 mil eventos anuais, gerando 8 bilhões de reais em viagens, hospedagens e transporte. 240 mil lojas, 77 shoppings, 240 ruas especializadas. 37 mil táxis, 10 mil ônibus, com a segunda maior frota de helicópteros do mundo.

São Paulo deixou de ser apenas um colégio há muito tempo. E deixou de ser apenas uma cidade, ou uma metrópole. São Paulo é hoje uma megalópole.

Non ducor duco!

Absum.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Brasilidade que transborda

Finalmente teremos um feriado em agosto?

Lei 12199/10 | Lei Nº 12.199, de 14 de janeiro de 2010



O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento, a ser comemorado anualmente no dia 28 de agosto.

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 14 de janeiro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

José Gomes Temporão

Este texto não substitui o publicado no DOU de 15.1.2010


Isso não é piada, embora pareça muito.
Pra quem duvidar da legitimidade, eis a fonte.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Poltrona Vermelha #04

Esse final de semana contará com duas estreias presentes na 33ªMostra Internacional de Cinema em São Paulo.


Em Vício Frenético (Bad Lieutenant: Port of Call New Orleans) um detetive condecorado pelo menos duas vezes, mostra que não é necessário ser bom moço para ganhar honras. Basta acertar o momento de fazer a coisa certa. Enquanto isso, o anti-herói vivenciado por Nicolas Cage é um drogado, viciado em jogos, incerto da vida, de família turbulenta e que namora uma bela prostituta. Val Kilmer faz um ponta no filme, após tanto tempo longe, não é mais galã. E Nicolas Cage parece ter exagerado um pouco na tentativa de não envelhecer.

Tirando esses fatos, o andar incorreto do detetive, devido a uma dor na coluna, razão pela qual diz se drogar, pode ser engraçado. Assim como outros diálogos e cenas podem dar um toque de humor negro ao filme.

Não é plausível, e, talvez, metade das risadas dadas pelo público seja devido ao horário - a sessão começou as 00h. Mas, de fato, sabe aquele filme que de tão ruim se torna engraçado e lhe dá vontade de assistir até o final para ver o que farão com um policial tão ladrão. Assim é vício frenético, viciante mesmo sendo ruim.



Já o francês Não minha filha, você não irá dançar (Non ma fille, tu n'iras pas danser)parece querer manter a lenda: filme francês?! Pegue o travesseiro. Infelizmente, descobri que são poucos os bons filmes franceses explorados pelo cinema. Boa parte deles acabei assistindo em dvd.

O filme é lento, como se de fato alguém estivesse impedindo o ritmo da dança. Lena (Chiari Mastroianni) tenta dar uma guinada na vida após se separar. Para isso, vai para o interior na casa dos pais com seus filhos. Entretanto, nada parece cooperar com sua decisão. Momentos engraçados apenas quando o irmão de Lena surge na cena, inclusive, parece um tapa na cara para despertarmos, mas aí acaba.

A cena interessante fica por conta da história contada pelo filho de Lena. Que, de tão bem contata, parece ser o filme mesmo. Essa, dá o título do filme é como se fosse um curta-metragem dentro de Não minha filha, você não irá dançar. Fico a pensar se não valia a pena ter ficado só nele. Isto é, ter feito só o curta.

Por explorar intrigas familiares poderia ser mais movimentado e instigante, entretanto, infelizmente o filme não empolga. Não sairá pensando sobre o que foi apresentado mas, pode se perguntar a razão do curta-metragem no meio do caminho, assim como, o que queria com o filme e, correr para uma pizzaria a fim de comemorar por não ter dormido.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pensamentos Aleatórios: Reação Natural

E após nada ser decidido na esperada reunião em Copenhague (Dinamarca), ano passado. As atenções para esse caso serem afastadas. E China ficar feliz porque suas fábricas tem crescido ou, o governo do Estado de São Paulo se gabar por arrancar árvores para construir a nova marginal. Agora, conferências para reconstruir os atingidos...
A natureza resolveu presentear o ano de 2010...e janeiro nem começou direito!


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Folheando por aí

' - Isto não tem jeito nem originalidade - continuou o vizinho de Frederico - Penso, meu senhor, que estamos degenerando! No bom tempo de Luís XI, segundo Benjamim Constant, havia mais espírito entre os estudantes. Por Deus! Acho-os mansos como cordeiros, verdadeiros pedaços d'asnos e bons só para merceeiros. E eis o que se chama a Juventude das escolas'
(A Educação Sentimental - FLAUBERT, Gustave. 1869)

Tenho a impressão de ter ouvido algo parecido dos meus professores, avôs, pais, etc. Sabe, aquela velha história: na minha época...
Afinal de contas, será que essa época 'utópica' de fato existiu?!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Pensamentos Aleatórios: Extraordinário

Foto: O Estado de São Paulo (hoje)

"Medidas para dar vazão ao volume de água são eficazes na opinião dos especialistas ouvidos pela reportagem. "Não há um grande motivo de preocupação, caso o limite de segurança de cada compartimento (represa) seja respeitado. Só uma cheia extraordinária poderia acarretar danos", afirma Mário Thadeu Leme de Barros, especialista em Engenharia Hidráulica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP)." Fonte: O Estado de São Paulo

Tenho até receio, ante a quantidade de água que tem caido do céu, em questionar o que pode ser considerado uma cheia extraordinária.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pensamentos Aleatórios: Pendurando as chuteiras

Já estamos ficando velhos! Na 'flor de nossa idade' já estamos preocupados com nossa aposentadoria. Entre, análises sobre o ano de 2009, repare que os jornais farão isso pelo menos durante toda essa primeira semana, deparo com a preocupante informação sobre: de onde virá a verba para a aposentadoria.

Os aposentados já não ganham grande coisa e, pelo visto, os futuros aposentados não terão uma realidade mais atraente do que dos atuais. A natalidade foi controlada, mesmo com a contínua sensação de mais e mais pessoas populando esse micro espaço. Com esse controle, nosso país envelhece e, pelo visto, logo estaremos tão velhos quanto nossos 'pais europeus'.

Estranho, tenho a sensação de estarmos envelhecendo muito rapidamente. Afinal de contas, proporcionalmente falando, a Europa começou a envelhecer por esses tempos e, ela é bem mais velha do que a gente.

Ai...precisamos de mais botox, atividades físicas e vitaminas, pois, começo a achar que estamos envelhecendo antes do tempo. Será que a brasilidade já está cansada de sua força e animação jovial e está querendo mesmo é sua larga poltrona e chinelo no pé?!