quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Canalha

Como pude deixar que isso me acontecesse?
Mesmo de forma latente, era claro que não poderia dar certo
Todavia, deixe-me levar
Logo eu, que já não sou mais um adolescente
Já caí demais para enfiar-me em mais uma problemática
Mas confesso: fui enganado!
Foi de uma forma vagarosa, tranquila, suave
Não sei se foi no primeiro dia, ou se foi no último
Só sei que foi mais forte do que a minha armadura de cavaleiro
Indumentária esta que só me faz sofrer
Que só me faz ser, para outros, indelével
Talvez tenha sido aqueles verdes fascinantes, aquele jeito doce
Aquilo que é agradável para qualquer mortal
Agora, nem sei mais o que me resta
Tentar fugir é se acovardar como um canalha
Tentar escancarar é aliviar em um determinado momento
Mas pode trazer um vazio em um futuro incerto
Sim, não era para isso ter acontecido
Era para ser normal, apenas mais um dia na vida medíocre de um ser humano medíocre
Tenho alguma solução?
Se tenho, não sei dizer no momento
Por enquanto, vou curtindo o meu deslize
E tentar aliviar, esquecendo aquilo que me faz sorrir ao abrir
e fechar os olhos, todos os dias

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