Tudo que é tradicional agrada ao brasileiro, dentro do futebol. Ele não gosta muito de inovação. Assim aconteceu quando fora divulgado, em 2002, que o Campeonato Brasileiro seria disputado no sistema de pontos corridos (todos jogam contra todos em dois turnos, e quem somar mais pontos torna-se o campeão) e não mais no sistema mata-mata (eliminatório em dois jogos de ida e volta depois da fase de classificação). Com esta atitude, morria as tradicionais finalíssimas, e nascia o bom gerenciamento e planejamento dos clubes que pretendiam ser campeões. À época, inclusive, diziam que o Brasileirão por pontos corridos "não pegaria". Mas pegou.
Além do fato de a detentora dos direitos de transmissão da competição - Rede Globo - estar faturando com a venda de jogos avulsos ou por pacotes no sistema pay-per-view, outro detalhe que corrobora o espírito dos pontos corridos está na boca do povo. Agora, qualquer competição que envolva jogos entre si gera uma disputa sadia entre torcedores das equipes participantes do determinado certame. E o Campeonato Paulista de 2011 comprova que, no Brasil, tudo é questão de costume.
Antes, quem acompanha o futebol dizia que a fórmula do pontos corridos "tiraria a graça do campeonato". Mas não foi o que ocorreu. O Brasileirão utiliza esta fórmula desde 2003 e não teve abalada sua estrutura, tampouco emoção. E o Paulistão atesta essa tese quando um time chega à liderança. O torcedor do time que toma a dianteira sai pelas ruas jactando-se aos amigos e conhecidos "Somos líderes!". Mas, ao contrário do Brasileirão - que usa apenas o sistema de pontos corridos -, o Paulistão mescla o sistema em que todos jogam entre si - mas somente em turno único - com mata-mata na fase decisiva.
Com essa mistura, nem sempre quem está na liderança será sucessivamente o campeão do torneio. O `líder`da primeira fase pode cair no chamado `mata-mata` e dar adeus à boa campanha incial e ao título. Daí fica a pergunta: como fica aquele torcedor que vê seu time ser líder, e que, com isso, tira sarro da cara do colega torcedor de um time rival? Isto é obra da nova cultura do futebol brasileiro, que extinguiu `a decisão` e colocou no lugar `várias decisões` por rodada.
O sistema de pontos corridos é o melhor ao Brasileirão. Com ele, a honestidade e melhor desempenho ao longo da competição acarretam em glórias. Com o sistema `mata-mata`, a (falta de) sorte é um trunfo considerado das equipes. Ponto à CBF, que peitou os clubes e torcedores e bancou o sistema. Hoje, o Brasileirão é um campeonato que não constesta seu campeão. A cultura brasileira foi modificada e ninguém morreu ou entrou em crise por conta disso; sempre semanas antes do Natal alguém será feliz ou triste, mas de forma justa. A própria CBF e demais Federações também poderiam modificar algumas culturas e começar a fazer do futebol brasileiro mais sério e limpo. E outros setores da sociedade brasileira também poderiam modificar suas culturas - como a da corrupção - e fazer do Brasil mais digno.
Além do fato de a detentora dos direitos de transmissão da competição - Rede Globo - estar faturando com a venda de jogos avulsos ou por pacotes no sistema pay-per-view, outro detalhe que corrobora o espírito dos pontos corridos está na boca do povo. Agora, qualquer competição que envolva jogos entre si gera uma disputa sadia entre torcedores das equipes participantes do determinado certame. E o Campeonato Paulista de 2011 comprova que, no Brasil, tudo é questão de costume.
Antes, quem acompanha o futebol dizia que a fórmula do pontos corridos "tiraria a graça do campeonato". Mas não foi o que ocorreu. O Brasileirão utiliza esta fórmula desde 2003 e não teve abalada sua estrutura, tampouco emoção. E o Paulistão atesta essa tese quando um time chega à liderança. O torcedor do time que toma a dianteira sai pelas ruas jactando-se aos amigos e conhecidos "Somos líderes!". Mas, ao contrário do Brasileirão - que usa apenas o sistema de pontos corridos -, o Paulistão mescla o sistema em que todos jogam entre si - mas somente em turno único - com mata-mata na fase decisiva.
Com essa mistura, nem sempre quem está na liderança será sucessivamente o campeão do torneio. O `líder`da primeira fase pode cair no chamado `mata-mata` e dar adeus à boa campanha incial e ao título. Daí fica a pergunta: como fica aquele torcedor que vê seu time ser líder, e que, com isso, tira sarro da cara do colega torcedor de um time rival? Isto é obra da nova cultura do futebol brasileiro, que extinguiu `a decisão` e colocou no lugar `várias decisões` por rodada.
O sistema de pontos corridos é o melhor ao Brasileirão. Com ele, a honestidade e melhor desempenho ao longo da competição acarretam em glórias. Com o sistema `mata-mata`, a (falta de) sorte é um trunfo considerado das equipes. Ponto à CBF, que peitou os clubes e torcedores e bancou o sistema. Hoje, o Brasileirão é um campeonato que não constesta seu campeão. A cultura brasileira foi modificada e ninguém morreu ou entrou em crise por conta disso; sempre semanas antes do Natal alguém será feliz ou triste, mas de forma justa. A própria CBF e demais Federações também poderiam modificar algumas culturas e começar a fazer do futebol brasileiro mais sério e limpo. E outros setores da sociedade brasileira também poderiam modificar suas culturas - como a da corrupção - e fazer do Brasil mais digno.